A Escola de Química da UFRJ inaugurou na sexta-feira, dia 25 de junho, o novo laboratório do departamento de Engenharia Química, o LADEQ. A Instituição voltou a contar com uma excelente infra-estrutura em laboratórios e em planta industrial piloto, uma das melhores do país. Criado em 1978, o LADEQ estava desativado desde março de 2001, devido a um incêndio, que destruiu aparelhos caríssimos e deixou de abrigar pesquisas de alunos e professores altamente capacitados.
A professora Belkis Valdman, diretora da Escola de Química e responsável pelo projeto “o novo LADEQ”, fez um discurso emocionante durante a inauguração, ressaltando a importância da existência de um laboratório de grande porte que possibilite o desenvolvimento dos estudos nas áreas da química para a Universidade e para todo o país. Ela agradeceu a ajuda do CENPES e do FINEP (cada um arcou com 50% das despesas) e o apoio prestado pelo Centro de Tecnologia e pela Reitoria.
A nova infra-estrutura garante o desenvolvimento de produtos, sistemas e processos com inovações tecnológicas utilizadas nas indústrias químicas com segmentos nas áreas de petroquímica, petróleo e gás, produtos minerais e orgânicos e ainda em indústrias usuárias de produtos químicos, como a têxtil, papel e celulose, alimentos, siderurgia, metalurgia, farmacêutica, entre outras.
Entre as mudanças está a ampliação do LADEQ em oito laboratórios (hoje o complexo tem 24) e salas de aula, que permitirá uma melhor formação de profissionais não só na área da Engenharia Química e Química Industrial, mas também em Engenharia de Alimentos e de Bioprocessos, cursos recém inaugurados. Nas suas instalações serão realizadas aulas experimentais da graduação, além de pesquisas, projetos e desenvolvimento de teses.
O sistema de segurança contra incêndios foi aumentado, mas alguns problemas ainda persistem, pois não há um corpo técnico de manutenção e alguns equipamentos ainda não foram recuperados. A luta agora é para conseguir equipar os laboratórios.
O coordenador do CENPES, Fernando Leite, fala da importância do investimento feito no LADEQ, já que a Universidade forma a maior parte dos seus profissionais e já realizou vários dos seus projetos. “Nós temos uma série de atividades com a Escola de Química que são de interesse da empresa. O incêndio foi uma lástima, atrasaram algumas pesquisas, mas hoje temos instalações bem mais modernas, um ambiente mais favorável para implementação dos nossos projetos”.
— Atrapalha pouco, produz muito , essas foram as palavras que iniciaram o
discurso do diretor do Centro de Tecnologia, Claudio Luiz Baraúna, fazendo referência à dificuldade que a Escola de Química passou ao longo desses três anos de negociações com o MEC para que houvesse algum tipo de ajuda, mas que foi em vão. “Hoje não estamos aqui com preocupação, mas para falar de uma realização, e é através do discurso da professora que podemos ver o espírito de união que prevaleceu nessa reconstrução. Esse laboratório não foi inaugurado com champagne, mas muito melhor que isso, ele foi inaugurado com as lágrimas de sua diretora, Belkis, e por isso só pode ter sucesso “, finaliza o diretor do CT.