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Poli inaugura Centro de Tratamento de Esgoto

A Escola Politécnica da UFRJ inaugurou, dia 22, o Centro Experimental de Tratamento de Esgoto (CETE), um laboratório de ensino e pesquisa que permitirá o envolvimento de alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em engenharia dos recursos hídricos, sanitária e ambiental.

agencia1279T.jpgA Escola Politécnica da UFRJ inaugurou, dia 22, o Centro Experimental de Tratamento de Esgoto (CETE), um laboratório de ensino e pesquisa que permitirá o envolvimento de alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em engenharia dos recursos hídricos, sanitária e ambiental. Eles poderão colocar em prática o aprendizado, viabilizando contribuições para o desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Engenharia Sanitária, especificamente no âmbito do tratamento de esgotos.
O CETE ocupa uma área de 2,5 mil metros quadrados na Cidade Universitária, e tem capacidade para tratar o esgoto gerado por um universo de 4 mil habitantes. Localizado ao lado da estação elevatória da Cedae, retira o esgoto desse ponto e devolve para ele o esgoto tratado. Entre os diferentes tipos de tratamento, estão: tratamento preliminar, decantação primária convencional e quimicamente assistida, reator anaeróbio de fluxo ascendente, lodos ativados, filtro biológico aeróbio, lagoa de estabilização facultativa, lagoa aerada e lagoa de sedimentação, lagoa de maturação e conjunto de tanque séptica e filtro anaeróbio.
O investimento para construção do centro experimental foi de R$ 230 mil, obtidos através do Fundo de Setorial de Recursos Hídricos (MCT/FINEP), no âmbito do Projeto de Desenvolvimento de Estudos e Modelos para o Planejamento de Recursos Hídricos na Bacia do Rio Paraíba do Sul.
O Centro está capacitado em treinar as empresas prestadoras de serviços públicos, que mandariam seus funcionários e técnicos para atuarem em processos variados com o conhecimento da universidade. Segundo Isaac Volschan Jr., professor da Escola Politécnica da UFRJ e um dos coordenadores do projeto, a tecnologia empregada no CETE já é difundida e será constantemente submetida a estudos e pesquisas. “O projeto é muito importante por caracterizar um marco que insere a UFRJ no contexto do saneamento, da mesma forma que já estão inseridas todas as outras universidades federais do país”.
A aluna Olívia Souza de Matos está fazendo mestrado na área de saneamento e fala sobre a importância do CETE. “Estou tendo a oportunidade de estudar vários processos e tipos de tratamento de esgoto, isso tem muito a acrescentar a minha carreira. A questão do saneamento no país é muito grave, e quanto mais houver pessoas capacitadas para tentar resolver os problemas, vai ser melhor”.
— Apesar de ser um projeto de extrema importância acadêmica e social, o CETE ainda não conseguiu o total apoio para custear a sua manutenção, apenas parte dele está em processo de negociação com a Petrobras. “Estamos tentando alavancar alguns projetos no âmbito do fundo setorial de recursos hídricos, do fundo setorial de infra-estrutura. Temos esperança de contar com o apoio institucional público e privado. É muito importante esse apoio para a manutenção desse espaço que está muito bem montado, mas que sem amparo pode estar condenado ao insucesso”, disse Issac.

Pesquisa realizada pelo IBGE entre os 70% da população que possuem domicílio

· ¼ não possui água potável
· Quase metade não tem serviço de esgoto
· Apenas 6% dos esgotos são tratados
· Mais de 90% são lançados nos rios, solos e mares
· A falta de água potável e de saneamento básico é a causa de 80% das doenças e de 65% das internações hospitalares no Brasil
· Cerca de 58% dos municípios brasileiros não dispõem de água tratada
· No Brasil, uma criança morre a cada 24 minutos por causa de doenças de veiculação hídrica.