Universidade abre 3º Festival UFRJ-Mar em Arraial

O 3o. Festival UFRJ-Mar teve seu início, nesta segunda-feira, 24 de maio, com a cerimônia de abertura realizada no auditório do Hotel Ressurgência, na Praia dos Anjos. Participaram do evento o Almirante Palmer, o Chefe do Estado Maior da Força de Superfície, Capitão-de-Mar-e-Guerra Bernardo Gambôa, o coordenador do Projeto UFRJ-Mar, prof. Fernando Amorim, os professores Cláudio Sampaio, representando a Universidade de São Paulo, Luiz Sérgio Pontes, representando a Sociedade Brasileira de Engenharia Naval e o superintendente da Pró-reitoria de Extensão, prof. Alexandre Nazareh. Estiveram presentes também outros oficiais da Marinha, professores, funcionários e alunos da UFRJ.
Fernando Amorim abriu a cerimônia narrando a história desse projeto e sua importância, que visa levar a universidade para áreas onde ela não está presente e criar uma relação virtuosa com a comunidade local. Inicialmente, o UFRJ-Mar partiu da união de grupos do Centro de Tecnologia, Instituto de Geociências e Instituto de Biologia, tendo apoio do então reitor Carlos Lessa.
Para este ano, o 3o. Festival contou com a participação da Escola de Comunicação, através da Direção Teatral, da Escola de Música e da Escola de Educação Física e Desportos, unindo mais de 180 alunos, 40 professores e 30 servidores da UFRJ.
Durante a abertura, o Almirante Palmer destacou a relevância da parceria entre a Marinha e a Universidade. “Não podemos pensar e conhecer o mar sem a participação da Marinha e das universidades, pois aqui estão as grandes cabeças pensantes”, afirmou o oficial. Ele também apresentou o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, situado na Praia dos Anjos, e enfatizou o quanto nós, brasileiros, somos dependentes do mar, apesar de não termos consciência. “Devemos aproveitar mais o mar, defendê-lo e protegê-lo. Temos uma deficiência no aproveitamento do mar. Sem essa percepção, ficamos vulneráveis”, completou o Almirante. Logo após, a platéia pôde assistir um vídeo feito pela Marinha com o tema “Amazônia Azul’, uma analogia não só referente ao tamanho do litoral brasileiro (zona exclusiva econômica do mar), com a “Amazônia Verde”, mas também sua riqueza de recursos ainda tão mal aproveitados.
NO Capitão-de-Mar-e-Guerra Gambôa reiterou AS palavras do Almirante Palmer, lembrando ainda do Convênio assinado com a UFRJ a bordo do Cisne Branco, em novembro de 2003, ao doar o barco Aurora para pesquisa da Universidade, deflagrando o Projeto Aurora. Completando o discurso do Capitão-de-Mar-e-Guerra, o professor Alexandre Alho, do Polo Náutico da UFRJ, falou sobre este Projeto que pretende transformar a embarcação de pesca, construída na Holanda na década de 60, em um veleiro, para desenvolver atividades de pesquisa biológica, oceanográficas e de educação ambiental. “Ter uma embarcação como o veleiro Aurora para a UFRJ é proporcionar um meio de pesquisa e desenvolvimento náutico para o país.”, concluiu o professor Alho.