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Seminário Políticas de Saúde Integral da UFRJ

O Seminário Políticas de Saúde Integral do Trabalhador da UFRJ teve seu início no último dia 7, no Salão Azul do prédio da Reitoria. Participaram da cerimônia de abertura o Reitor, prof. Aloisio Teixeira, o Pró-Reitor de Pessoal, o prof. Luis Afonso Mariz, o superintendente de pessoal, Roberto Gambine e a diretora do DVST (Divisão de Saúde do Trabalhador), Vânia Glória de Oliveira.

O Seminário Políticas de Saúde Integral do Trabalhador da UFRJ teve seu início no último dia 7, no Salão Azul do prédio da Reitoria. Participaram da cerimônia de abertura o Reitor, prof. Aloisio Teixeira, o Pró-Reitor de Pessoal, o prof. Luis Afonso Mariz, o superintendente de pessoal, Roberto Gambine e a diretora do DVST (Divisão de Saúde do Trabalhador), Vânia Glória de Oliveira.
O evento foi organizado com o intuito de desenvolver uma política de saúde integrada para a comunidade universitária. Até hoje, várias propostas já foram apresentadas em diversas unidades da universidade, porém nenhuma delas foi implantada integralmente. O superintendente de pessoal, Roberto Gambine, disse que o fundamental do encontro não é apenas constatar os problemas existentes, mas sim melhorar o ambiente de trabalho. Para isso, não depende apenas da vontade dos organizadores, deve ser uma construção de todos os funcionários e professores.
O primeiro passo foi dado numa reunião realizada no dia 02 de julho do corrente ano, em que se reuniram os representantes das diversas Unidades da UFRJ, a SINTUFRJ e a PR-4 (Pró-Reitoria de Pessoal). A reunião resultou na formação do grupo de trabalho com o objetivo de ampliar esta discussão.
A deputada federal, Jandira Feghali, também participou do seminário e elogiou a iniciativa dos organizadores em promover tal encontro. A deputada comentou a importância do serviço público no que diz respeito ao papel social. “Essa universidade só faz sentido no ensino, na pesquisa e na extensão e também na sua autonomia e objetivos estratégicos, se ela tiver ligação umbilical com os benefícios sociais que universidade vai trazer para o povo brasileiro”.
Porém, o instrumento público perdeu, durante essas últimas duas décadas, o sentimento de relação social, já que os profissionais da rede pública são expostos, principalmente na mídia, como ineficientes, descomprometidos e até mesmo vagabundos. Isso só desestimula o funcionalismo público, completou Jandira Feghali.
No dia seguinte, dando continuidade ao seminário, a diretora do DVST, Vânia Glória de Oliveira, apresentou os projetos e os programas que já vêm sendo desenvolvidos. Um deles é a criação de Pólos que descentralizarão os trabalhos na área da saúde, atendendo melhor todos os Campi da Universidade. “A intenção é justamente estabelecer um planejamento das ações de forma integrada”, completou Vânia.
Além disso, foram apresentadas as propostas de Centralização Administrativa e Descentralização Operacional. A primeira, visa padronizar as ações de saúde do trabalhador, criando um sistema de informação que possa armazenar dados contribuindo na melhoria da administração. A segunda, viabiliza a implantação dessas ações e identificação das necessidades locais para novos planejamentos. Para tanto, requer uma melhor infra-estrutura.
O DVST já realiza programas de atenção à saúde do trabalhador que oferecem melhores condições de vida; entre eles estão: hipertensão arterial, diabetes, nutrição (problema de obesidade), saúde oral, saúde da mulher, Pólo de Atenção em Saúde Mental ao trabalhador e combate ao tabaco estão disponíveis para todos os funcionários e professores da universidade.
Outra questão abordada foi a ampliação das chamadas COLSATs_ Comissões Locais de Saúde do Trabalhador_ que é resultado de um trabalho das conferências nacionais sobre a saúde do trabalhador realizadas em 1992. O papel desta comissão não está apenas em evitar acidentes, mas de lutar para garantir a saúde de todos que trabalham na instituição, entendendo o conceito de saúde de forma mais ampla, não como a ausência de doenças, e sim como um conjunto de fatores sociais, políticos, econômicos e ambientais que atuam direta e indiretamente sobre a saúde de todos. Hoje, a única COLSAT que realiza um trabalho eficiente para seus funcionários é do Museu Nacional da UFRJ.
A diretora do DVST propôs, então, no término de sua apresentação, a criação de um Fórum Permanente e a formação de um comitê de 28 pessoas para discutir a ampliar as diretrizes do projeto apresentado durante o evento.