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Professores recebem emerência

A comunidade acadêmica da UFRJ ganha dois novos professores eméritos. Em solenidade nesta quarta-feira, dia 4, o reitor Carlos Lessa estará concedendo a emerência aos professores Edwaldo Cafezeiro e Márcio Tavares D’Amaral no salão Pedro Calmon.

A comunidade acadêmica da UFRJ ganha dois novos professores eméritos. Em solenidade nesta quarta-feira, dia 4, o reitor Carlos Lessa estará concedendo a emerência aos professores Edwaldo Cafezeiro e Márcio Tavares D’Amaral no salão Pedro Calmon.

O título é um reconhecimento aos anos de contribuição que esses professores deram à UFRJ. “É a primeira vez na minha vida que eu ganho um título sem precisar passar por concurso. É uma alegria muito grande, nem sei se mereço esse reconhecimento”, comemora Cafezeiro professor da Escola de Comunicação (ECO) e da Faculdade de Letras. Para chegar a esse estágio da carreira universitária, ambos passaram pelas mais diversas atividades docentes em cursos de graduação e pós-graduação, orientaram teses de Mestrado e Doutorado, além de publicarem obras de relevância. “Esse título vem coroar a carreira universitária desses professores”, explica Cristina Riche, do gabinete de Eméritos.

Mas a emerência não significa o fim da carreira universitária. “Considero esse título a culminância de minha vida profissional e o término de uma fase. Ao mesmo tempo, é um recomeço. É uma situação diferente, porém agradável, esta posição de quem recomeça quando termina”, explica Tavares D’Amaral, também professor da ECO. Um professor emérito continua a dar aulas mesmo depois de aposentado, o que não significa menos trabalho. “Sempre trabalhei todos os dias, em todos os níveis da UFRJ. Mas agora será diferente. Como estou trabalhando por mérito, acredito que tenha que me esforçar mais ainda e dar o que eu tenho de melhor para a Universidade”, comenta Cafezeiro.

Com a posse do reitor Carlos Lessa, a UFRJ passou a dar mais importância a esse título, o que pode ser comprovado com a própria criação do gabinete dos eméritos. Para o professor Emmanuel Carneiro Leão, que já foi agraciado com a emerência, “é o reconhecimento de que o profissional viveu o direito da imortalidade. A verdadeira imortalidade não é responsabilidade individual, mas a capacidade que o indivíduo, em nosso tempo, teve de multiplicar-se. E multiplicar-se nas intempéries e na sucessão, através da transmissão do conhecimento. É uma transformação de todo vivente”.

Com esse título, os professores ganharão mais tranqüilidade para se dedicarem aos seus projetos. “Agora pretendo tocar adiante o programa IDEA (Instituto Transdiciplinar de Estudos Avançados) criado há 21 anos na Escola de Comunicação e poderei trabalhar sem as pressões do cotidiano. Era tudo que eu queria no começo da minha carreira, ser exclusivamente um professor”, conta Tavares D’Amaral.

“A concessão do título de Emérito a esses dois Mestres dignifica a UFRJ”, finaliza Cristina Riche.