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Foi realizado nas últimas quinta e sexta-feiras, no Auditório do NCE, o I Seminário de Prospecção em Ensino, Pesquisa, Assistência e Extensão na Área da Saúde, sob a organização dos professores José Roberto Lapa e Silva e Afrânio Kritski, do Instituto de Doenças do Tórax. O evento consistiu de oito grupos de discussão sobre variados temas, que na sexta-feira à tarde apresentaram cada um seu relatório. Na próxima quinta, um documento final será retirado a partir desses relatórios.

Foi realizado nas últimas quinta e sexta-feiras, no Auditório do NCE, o I Seminário de Prospecção em Ensino, Pesquisa, Assistência e Extensão na Área da Saúde, sob a organização dos professores José Roberto Lapa e Silva e Afrânio Kritski, do Instituto de Doenças do Tórax. O evento consistiu de oito grupos de discussão sobre variados temas, que na sexta-feira à tarde apresentaram cada um seu relatório. Na próxima quinta, um documento final será retirado a partir desses relatórios.
Afrânio Kritski disse que o evento foi um sucesso, pois mais de 120 professores tiveram a primeira oportunidade de discutir os temas em questão de uma maneira transparente, horizontal e interdisciplinar. Kritski colocou que normalmente essas discussões se dão de maneira vertical, dentro de um departamento. Para ele, a interdisciplinaridade parte de um novo paradigma e traz consigo novas formas de abordagem, novas formas de pensar, novas soluções e até novos problemas. “Quando se têm paradigmas e conceitos diferentes sobre um mesmo tema, a inovação é muito grande. As pessoas saíram muito contentes do seminário. Foi possível mostrar as grandes potencialidades, ilhas de excelência da própria UFRJ, que às vezes ficam no mesmo corredor e não conhecem uma à outra”, falou.
O professor disse que uma das grandes metas do seminário era a criação de redes de trabalho dentro da área de saúde, sempre sob o questionamento de até onde se pode ir para atender às demandas da sociedade e para onde a UFRJ deve caminhar. “Devemos usar nosso arsenal de cérebros para resolver questões nossas, usando tecnologias educacionais e de equipamentos que sejam avançadas”, disse Kritski.
Ele ressaltou que o seminário aconteceu por uma decisão política do reitor Carlos Lessa, que achou importante esse tipo de discussão na universidade e deu todo o apoio para o evento. Kritski disse que assim foi possível um seminário despolitizado, com pessoas de diversas correntes discutindo somente ciência.
O seminário produziu como resultado um relatório de 41 páginas, apresentando as propostas de cada um dos grupos. O Grupo I (Integração das áreas de pesquisa fundamental, clínica (aplicada), assistencial e de saúde coletiva no âmbito da pesquisa, do ensino e da extensão), sob a coordenação do professor Walter Zin, do IBCCF, apresentou entre outras, a proposta de transferência de unidades de saúde localizadas fora do campus do Fundão. O grupo entende que a transferência é fundamental para a integração da pesquisa, do ensino e da extensão na Área da Saúde.
O Grupo II (Avaliação institucional do ensino, da pesquisa e da extensão: procedimentos e metas), coordenado pelo professor Jerson Lima (ICB), discutiu temas como a validade do Provão e se o número de alunos do CCS é adequado, considerando nesse caso que deveria haver uma ampliação do número de vagas frente à demanda da sociedade, sendo necessária para isso porém uma melhora da infra-estrutura.
O terceiro grupo (Produção científica na área da Saúde – Propostas a UFRJ), coordenado pelo Prof. Adalberto Vieyra, do ICB, sugeriu, entre outras coisas, o fortalecimento de programas de pesquisa de caráter multidisciplinar que enfatizem a interação entre a área básica e a clínica.
O grupo IV (Produção tecnológica na área da saúde), sob a coordenação do Prof. Sergio Ferreira, também do ICB, traçou um quadro da situação atual da UFRJ e propôs algumas ações, como a criação de mecanismos de orientação e estímulo à atividade inventiva dirigida para produtos/processos na UFRJ.
O grupo V (Interdisciplinaridade nas questões de saúde nas áreas humana, científica e tecnológica), que esteve sob orientação do Prof. Sergio Zaidhaft, Coordenador das Atividades Educacionais do HUCFF buscou o conceito de saúde que deve orientar estas práticas no âmbito da UFRJ, julgando que a ampliação deste conceito visando conceber o homem como alvo das ações neste campo deveria contemplar não somente a dimensão humana biológica mas afetivo-simbólica e sócio-histórica; em muitos casos, o próprio alvo da atenção é excluído.
O sexto grupo, coordenado pela professora Marta Tavares, do IPUB, discutiu a Estrutura das Unidades de Saúde (hospitais universitários ou não) e sua relação com as demandas externa (atendimento) e acadêmica (hospitais de ponta), definindo as missões das diferentes unidades. O grupo aferiu que é necessário que se trabalhe na integração do hospital com as unidades acadêmicas.
O grupo VII, Formação Profissional nas Carreiras Tradicionais e Novas na Área de Saúde foi coordenado pelo professor Franklin Rumjaneck, do Instituto de Bioquímica, e propôs a criação de um curso básico em Saúde e Biologia, como forma de ingresso no Centro de Ciências da Saúde, com opção posterior para as carreiras já existentes.
Por fim, o grupo VIII, que tematizou a Extensão Universitária, coordenado pela Professora Vera Halfoun, discutiu o posicionamento da UFRJ em relação a exigência do Plano Nacional de Educação, pelo qual 10% do total de créditos exigidos para a graduação no ensino superior do País seja reservado para a atuação dos alunos em ações de extensão, definindo que na graduação em saúde devem ser identificadas estratégias para cumprir o minimo de 10% e, sempre que possível, aumentar esta proporção.

I SEMINÁRIO EM PROSPECÇÃO EM ENSINO, PESQUISA, ASSISTÊNCIA E EXTENSÃO NA AREA DA SAUDE DA UFRJ [DOC, 240 Kb] [PDF, 150 Kb]