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Memória

Mais que enfeite

Quando se fala em flor, geralmente traz-se embutido conceitos como beleza, harmonia e felicidade. Para Sandra Braconnot, especialista em flores, elas são muito mais do que isto. Formada em Comunicação Social, Sandra trabalhou desde muito nova em uma loja de flores tradicional no Rio, que pertencia a seu avô e depois a seu pai. Sandra usa as flores como metáfora para a vida humana, traçando paralelos entre o comportamento das plantas e dos homens.
Em 1993, Sandra criou o projeto Flor&Ser, um programa empresarial, abrangente, que se destinava a melhorar a qualidade de vida destes profissionais. Tempos depois, surgiu o projeto Flor/Ação, mais específico em sua abordagem, porém destinado a um público genérico. O Flor/Ação consiste de palestras que, pegando o comportamento de plantas, faz analogias sobre a vida do homem e de como ele pode viver melhor.
Dentro da “V Semana de Educação da UFRJ”, que acontece dos dias 21 a 25 de outubro no campus da Praia Vermelha, Sandra irá apresentar duas palestras em meio a várias outras atividades, entre elas mesas redondas, painéis e oficinas. O objetivo é falar a professores e alunos como as flores podem ajudar em seu ofício, seja no aprendizado dos alunos ou nas relações interpessoais dos próprios professores.
“O ser humano é composto da mesma essência, com as mesmas necessidades, independente de seu meio ambiente. Um professor é a figura mais significativa para o ser humano, para o bem ou para o mal, pois ele tem a semente em suas mãos” diz Sandra. Para ela, o professor tem uma capacidade polinizadora, semeando o gosto por aprender nos alunos e em si mesmo.
Em sua primeira palestra, que ocorre dia 22, “Semeando o Belo o Bom e o Bem”, Sandra procura resgatar a beleza de ser professor. Ela trabalha como lidar no dia a dia escolar com a palavra, o comportamento, a punição. Cita Pitágoras dizendo “Ensina a criança para não punir os homens”. Durante toda a palestra, ela usa as flores para ilustrar seus argumentos e provocar reações nos participantes. Um exemplo disto é quando Sandra pede para que os professores escolham algumas flores de sua preferência e as organize como acharem melhor, para aí então extrair da organização feita, algumas representações da personalidade daquela pessoa, ajudando-a a se conhecer.
Na segunda palestra, que ocorre dia 25, “Interativa Vivencial: Flores. Um recurso natural para a educação”, Sandra quebra o paradigma de flor como simples enfeite. Ela explica que trabalhar com a flor estimula a sensibilidade, incentiva a descoberta da beleza, questionando alguns estigmas, como aluno bom é aluno calmo. Outro exemplo de suas dinâmicas é quando ela pede para uma criança descrever a diferença entre duas flores, de forma a estimular sua desenvoltura verbal.
Para aqueles que quiserem mais informações sobre o trabalho de Sandra Braconnot, irão encontrá-las nas páginas da internet: www.callmunity.com/conexao/ e www.abrh_rj.com.br.