A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) reeditou o Caderno de Biografias: Anistia, Reparação e Memória, um importante documento que registra a história de 25 estudantes mortos ou desaparecidos durante a ditadura civil-militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985. A publicação é parte de um esforço contínuo de reparação histórica da Universidade, que busca honrar a memória daqueles que lutaram pela democracia e pereceram nesse processo.
Entre os homenageados estão Adriano Fonseca Fernandes Filho, Ana Maria Nacinovic Corrêa, Antônio de Pádua Costa, Antônio Teodoro de Castro, Antônio Sérgio de Matos, Arildo Airton Valadão, Áurea Eliza Pereira Valadão, Ciro Flávio Salazar e Oliveira, Fernando Augusto da Fonseca, Flávio Carvalho Molina, Frederico Eduardo Mayr, Guilherme Gomes Lund, Hélio Luiz Navarro, Jana Moroni Barroso, José Roberto Spigner, Kleber Lemos da Silva, Lincoln Bicalho Roque, Luiz Alberto Andrade de Sá e Benevides, Maria Célia Corrêa, Maria Regina Lobo Leite Figueiredo, Mário de Souza Prata, Paulo Costa Ribeiro Bastos, Raul Amaro Nin Ferreira, Sonia Maria Lopes de Moraes e Stuart Edgard Angel Jones.
O caderno reúne informações detalhadas sobre a vida desses estudantes, além de imagens e relatos sobre seus desaparecimentos e assassinatos, muitos dos quais foram documentados por testemunhas e arquivos públicos. O objetivo é manter viva a memória de um dos períodos mais sombrios da história brasileira, marcado por violações sistemáticas dos direitos humanos, e lembrar as vítimas diretas da repressão.
Memória
Dentro do esforço contínuo e necessário para a construção de uma memória histórica sobre o período ditatorial vivido no Brasil, a UFRJ organizou uma cerimônia de homenagem aos 25 estudantes no dia 16/8, realizada na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Na ocasião, os familiares dos alunos receberam a Medalha Minerva do Mérito da UFRJ, em reconhecimento à coragem e ao sacrifício de seus entes queridos.
Originalmente produzido pelo Serviço de Mídias Impressas, Virtuais e de Produção Editorial da então Coordenadoria de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante o segundo semestre de 2009, o caderno é agora reeditado a partir de um trabalho da Superintendência-Geral de Comunicação (SGCOM).
A publicação representa um marco no esforço da UFRJ em reconhecer a importância dessas trajetórias e serve como um recurso educativo para futuras gerações, contribuindo para que os horrores da ditadura nunca sejam esquecidos.