O Conselho Universitário da UFRJ (Consuni) aprovou, na sessão especial de 8/8, uma etapa importante do projeto de Valorização dos Ativos Imobiliários da UFRJ: a alienação do edifício Ventura Corporate Towers. Foram 44 votos a favor e 4 contrários ao projeto. O Consuni é o órgão máximo de função normativa, deliberativa e de planejamento da Universidade nos planos acadêmico, administrativo, financeiro, patrimonial e disciplinar.
O Ventura Corporate Towers é um edifício comercial de alto padrão, construído em 2010, localizado no Centro do Rio de Janeiro. A UFRJ é dona de 11 andares desse prédio e atualmente ocupa dois deles, alocando atividades da Escola de Música, temporariamente, em virtude de uma necessidade emergencial. 54% do espaço está alugado e 25%, vago. O projeto prevê a troca desse espaço que a UFRJ detém, equivalente a 16.663 m2, por investimentos em infraestrutura em diferentes campi da Universidade. Todas as contrapartidas consideram critérios definidos pelo Plano Diretor 2030 da UFRJ, instrumento básico para orientar o desenvolvimento da Universidade, nos próximos anos, nos planos físico-territorial e patrimonial.
As obras contemplam quase todos os centros da UFRJ, começando pela Escola de Música, que está temporariamente instalada no edifício Ventura, sendo, assim, a prioridade. A proposta é que a maioria das obras seja realizada na Cidade Universitária, mas há previsão também para o campus de Macaé. Restaurantes Universitários, conclusões de obras inacabadas e novas salas de aula estão no escopo do projeto. O conjunto das contrapartidas prevê que mais de 10 mil beneficiários sejam atendidos. A estimativa é de que o primeiro bloco de obras seja iniciado já no oitavo mês da assinatura do contrato.
A sessão do Consuni que aprovou o projeto foi marcada pelo debate entre diferentes representantes da comunidade universitária, que, como destacado diversas vezes, visam ao melhor para a Universidade. O encontro foi iniciado pela conselheira Gilda Sousa de Alvarenga, representante dos técnicos-administrativos que havia pedido vistas do processo no último Conselho. Alvarenga apresentou algumas dúvidas e afirmou que ainda cabia discussão antes da aprovação do projeto.
Carlos Frederico Leão Rocha também leu o seu parecer. O professor da Faculdade de Economia e ex-vice-reitor da UFRJ lembrou que todo esse processo teve início na gestão de Roberto Leher como reitor da Universidade. Segundo ele, o projeto foi um dos mais debatidos de toda a história da UFRJ. Representante do corpo discente, Giovana Almeida Tavares apresentou perguntas oriundas das redes sociais do Diretório Central dos Estudantes (DCE), segundo ela, única maneira de ter contato com os discentes, já que eles estão em período de férias. Uma das dúvidas apresentadas foi a situação da Escola de Música (EM) durante o processo de alienação, visto que ela está alocada no edifício Ventura. Esta e outras dúvidas foram esclarecidas por Cláudia Ferreira da Cruz, pró-reitora de Gestão e Governança da UFRJ (PR-6). Segundo Cláudia, a EM permanecerá nas instalações do edifício Ventura até que ela tenha onde se alojar. “A alienação vai ter início pelas áreas que não estão sendo utilizadas”, afirmou Cruz.
Após todos os conselheiros inscritos terem direito aos seus tempos de fala, o presidente da sessão, o reitor Roberto Medronho, prosseguiu para a votação. Com resultado de 44 votos a favor e quatro contrários, o projeto foi aprovado pelo Conselho.
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