A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) comunica, com pesar, o falecimento da carnavalesca Rosa Magalhães aos 77 anos. Suas habilidades artísticas desde o colégio a levaram a trocar o sonho de ser advogada pela pintura, por seu talento com desenho. Rosa graduou-se em Pintura na Escola de Belas Artes da UFRJ, onde também foi professora dos cursos de Cenografia e Indumentária, além de chefe do Departamento de Artes Utilitárias. A artista também era formada em Cenografia pela Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Ela também se dedicava ao carnaval carioca, sendo a maior campeã do Sambódromo, com sete vitórias.
Em 2020, completou 50 anos de atividades em barracões de escolas de samba. Seu primeiro campeonato foi com a Império Serrano, em 1982. O enredo Onze, referindo-se à Praça Onze, foi sugerido por Rosa e pela professora da EBA Lícia Lacerda, além de concebido pelo colega e professor Fernando Pamplona. Para Rosa, o carnavalesco é uma espécie de diretor de cena do espetáculo apresentado pelas escolas de samba.
Em megaeventos, a professora foi responsável pelo encerramento das Olimpíadas de 2016 e pela direção artística da abertura do Pan-Americano de 2007, que lhe rendeu um prêmio Emmy na categoria figurino. A artista também participou da criação do cenário do ballet do Grande Circo Místico, de Edu Lobo e Chico Buarque, e atuou na peça Calabar – Elogio da Traição, de Ruy Guerra e Chico Buarque, que foi censurada pela ditadura militar, em 1973. Além disso, elaborou o figurino da ópera Ça Ira do cantor Roger Waters, ex-integrante da banda Pink Floyd.
A Reitoria da UFRJ manifesta os sentimentos a todos os familiares, amigos e admiradores da Professora Rosa Magalhães.
Crédito foto: Diogo Vasconcellos (SGCOM/UFRJ)