Como parte das comemorações do centenário da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi inaugurada na segunda-feira, 11/8, na Escola de Música (EM) da UFRJ, a exposição Orquestra Sinfônica da UFRJ, 100 anos: uma Trajetória de Música e Educação. A inauguração seguiu-se de um concerto especial de abertura no Salão Leopoldo Miguez.
As atividades integram também as celebrações da Semana de Aniversário da EM, que em 2025 completa 177 anos. Uma cerimônia oficial de abertura foi realizada na escadaria da EM, com a participação do reitor da UFRJ, Roberto Medronho; da vice-reitora, Cássia Turci; do decano do Centro de Letras e Artes (CLA), Afrânio Barbosa; do diretor da EM, Ronal Silveira; do maestro André Cardoso, além de professores e estudantes.
A mostra apresenta um panorama histórico da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), o mais antigo conjunto sinfônico em atividade no Rio de Janeiro, cuja trajetória se entrelaça com a história da música no Brasil e da própria Escola de Música.
“Essa talvez seja a mais longeva orquestra que trabalhou ininterruptamente nesses 100 anos. Isso não é pouca coisa em um país como o nosso. A Universidade é muito mais do que prédios tombados. É feita pelas pessoas. E por aqui passaram grandes músicos, grandes maestros, grandes pessoas que influenciaram a música brasileira”, destacou Medronho.
Em setembro de 2024, OSUFRJ iniciou as comemorações do centenário de sua fundação com três concertos, e com o lançamento do livro Orquestra Sinfônica da UFRJ – 100 anos, de autoria do maestro André Cardoso. Os eventos do centenário se prolongam para 2025, com a realização da exposição aberta no dia 11/8, na EM. O espaço conta com imagens raras, painéis informativos e trechos do livro do maestro André Cardoso. QR Codes distribuídos pelo percurso permitem ouvir obras de compositores ligados à EM. O local conta ainda com um espaço instagramável e totens que homenageiam personalidades marcantes na história da instituição.
“Esse é um sonho que começou a ser idealizado no ano passado, e que a gente está realizando agora, durante as comemorações dos 100 anos da nossa orquestra. Esse evento faz a gente perceber o quanto a Universidade é potente, e mostra para a sociedade o impacto que isso causa”, disse Ronal Silveira.
Após a inauguração da exposição, um concerto especial sob a regência e direção artística do maestro André Cardoso foi realizado no Salão Leopoldo Miguez. O grupo de cordas da OSUFRJ apresentou um programa que atravessa linguagens e épocas, do neoclassicismo às texturas tintinnabuli de Arvo Pärt, passando pela releitura de tradições históricas de Henryk Górecki e pela atmosfera poética de Voyage, de John Corigliano, com o solista Eduardo Monteiro, professor de flauta da Escola de Música da UFRJ.
A apresentação ainda contou com o concerto para clarone, da irlandesa Geraldine Green, com Thiago Tavares (clarone) como solista, e Pelimannit, de Einojuhani Rautavaara, que homenageia o folclore e os músicos populares finlandeses.
“A UFRJ completa 105 anos no dia 7/9. E a Escola de Música faz 177 anos. É essa a Universidade que nós temos. Unidades com quase 200 anos. Uma Universidade de excelência, apesar de todos os problemas. São ações como essas que nos dão força para continuar a caminhada, pensando numa educação de excelência para os nossos jovens e para todas as pessoas que desejam frequentar uma universidade”, afirmou Cássia Turci.
O catálogo da exposição teve a revisão de textos, diagramação e impressão realizados pela Superintendência-Geral de Comunicação Social (SGCOM/ UFRJ). O projeto editorial se preocupou em dar continuidade visual aos painéis projetados e diagramados por Gabriela Olivia Moncada Geraldo, da FAU/UFRJ.

Como parte da programação da exposição, serão realizados concertos didáticos de música de câmara entre 12/8 e 25/9. A Escola de Música da UFRJ fica na Rua do Passeio, 98, no Centro do Rio de Janeiro.