No dia 7/12, a sessão extraordinária do Conselho Universitário da UFRJ (Consuni) tinha como principal objetivo votar a adesão da Universidade à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O pleito, no entanto, não pôde prosseguir. Em virtude de manifestações no Auditório do Parque Tecnológico, foi solicitado o adiamento da votação e o Consuni foi encerrado pelo reitor, Roberto Medronho, presidente da sessão.
A maioria das pessoas à frente dos protestos se mostrou contrária à adesão da UFRJ à Ebserh. Entre eles, estavam representantes do corpo social da Universidade, composto por discentes, docentes, técnicos-administrativos e profissionais terceirizados. Grande parte dos conselheiros, entretanto, não pôde ser ouvida, devido à curta duração da sessão.
Antes da suspensão, o conselheiro e docente Ricardo Medronho leu uma carta de apoio de decanos e professores eméritos e titulares não ligados ao Centro de Ciências da Saúde (CCS) em defesa da adesão. “Confiamos na avaliação de nossos colegas do CCS, pois eles vivem de perto a realidade de nossos hospitais”, defendia a carta, referindo-se ao parecer favorável à adesão já indicado pelo grupo ligado ao CCS em sessão anterior.
Já a conselheira Giovanna Almeida, representante dos estudantes, criticou a postura da Reitoria por não haver ainda disponibilizado a minuta do contrato para avaliação da comunidade. “A Reitoria quer colocar um cheque em branco para a gente assinar”, destacou.
Na prática, se aprovada a adesão, será realizada a assinatura de um contrato de gestão especial, por meio do qual a Ebserh assumirá a administração das unidades do Complexo Hospitalar e da Saúde (CHS) da Universidade, no todo ou em parte, ao longo de 20 anos. Entre elas, estão o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), o Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira (IPPMG), a Maternidade Escola (ME) e outras seis unidades.
Até o momento, não foi estabelecida nova data para a votação.