No dia 19/4, por meio de um ofício, o Ministério da Educação (MEC) anunciou uma suplementação orçamentária de R$ 64.110,432 milhões para a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O orçamento previsto para o ano de 2023 sem a suplementação é de R$ 313.640.523, o que corresponde a um decréscimo de 4,75% do valor de 2022. Com o saldo disponível no momento, só seria possível atender as despesas com a manutenção básica até julho deste ano. Mesmo com a suplementação de cerca de R$ 64 milhões, só será possível arcar com as despesas até setembro de 2023, o que é insuficiente para fechar o ano no verde.
“A suplementação orçamentária é muito importante. É um ponto de inflexão na forma como o governo vinha tratando, em gestões anteriores, o orçamento das universidades. Infelizmente, o passivo destes últimos anos é ainda muito grande, e a suplementação não será suficiente para evitar que a UFRJ termine este ano com déficit. Mas considero que teremos uma situação administrável, o que seria impossível com o orçamento previamente aprovado”, declarou o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Eduardo Raupp.
Quando a recomposição orçamentária for efetuada, a estratégia, segundo Raupp, é remanejar a maior parte do valor para custeios com manutenção.
Manutenção | R$ 53.802.951 |
Investimento | R$ 8.818.898 |
Pnaes | R$ 1.488.583 |
Total | R$ 64.110.432 |
O valor destinado à manutenção é utilizado pela Universidade para gerir contas (luz, água, limpeza, segurança etc.). Os investimentos são referentes à execução de serviços, como obras de infraestrutura. Já o Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) auxilia a permanência de estudantes com baixa renda em cursos presenciais de graduação.
*Sob supervisão do jornalista Victor França.