Na sessão especial do Conselho Universitário (Consuni), realizada nesta quinta-feira, 5/5, a UFRJ aprovou a criação de novas estruturas organizacionais. A ideia é aperfeiçoar a atuação da Universidade.
Três órgãos foram criados:
- Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), como órgão suplementar do Fórum de Ciência e Cultura (FCC), por unanimidade.
- Superintendência Geral de Planejamento Institucional (SPI), no âmbito da Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3).
- Superintendência Geral de Comunicação Social (SGCOM), órgão de execução integrante da estrutura superior da UFRJ, por unanimidade.
Além disso, houve a mudança de status da Editora UFRJ, que passou de órgão suplementar do FCC para setor interno do Fórum, com a intenção de desburocratizar a gestão executiva dela. Com a medida, espera-se mais agilidade em processos, simplificando uma série de procedimentos.
O Neabi
Quando o Neabi havia sido aprovado na instância do Conselho Diretor do FCC, o Conexão UFRJ destacou seu papel crucial: promover ações voltadas à valorização das culturas negra e indígena, o combate ao racismo e de outras formas de discriminação, além da ampliação e consolidação da cidadania e dos direitos das populações negras e indígenas.
As atribuições do Neabi são estas: colaborar com a formação inicial e continuada de professores e graduandos em educação de relações étnico-raciais; elaborar materiais didáticos; mobilizar recursos para implementação da temática de modo a atender às necessidades de formação continuada dos professores; atender e orientar secretarias de Educação; e estabelecer parcerias e difundir conhecimentos para uma educação antirracista.
Juliany Cola, diretora-geral do campus Duque de Caxias e conselheira do Consuni, salientou que o momento é simbólico. “A aprovação do Neabi nesta semana é emblemática. Estamos vendo há vários dias, desde a semana passada, o desaparecimento de indígenas yanomami. É emblemático aprovarmos o Neabi como órgão suplementar na UFRJ neste momento em que nossas populações indígenas estão sob fortes ataques por parte de diversos membros da sociedade brasileira. A UFRJ dá um passo importantíssimo, desenvolvendo, de forma mais firme e centrada, políticas relacionadas com os nossos afro-brasileiros e indígenas, ainda mais neste momento”, afirmou.
A SPI
A Superintendência Geral de Planejamento Institucional, órgão da estrutura da PR-3, será a referência na UFRJ para atender a diversas normativas como, por exemplo, a gestão e o acompanhamento do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
O Plano é um instrumento básico para a idealização e a execução das atividades da Universidade, além de ser um indicador de qualidade no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), do Ministério da Educação (MEC), ao qual a instituição deve prestar informações.
Entre as atribuições da nova superintendência estão, ainda, a definição dos modelos a serem adotados quanto ao planejamento das unidades e ações decorrentes para os Planos de Desenvolvimento das Unidades (PDUs) e a análise dos cenários e tendências de gestão para a proposição de ações, visando ao desenvolvimento institucional e a promoção da cultura de planejamento.
A SGCOM
A Coordenadoria de Comunicação Social (Coordcom), ligada ao Gabinete da Reitora, agora dá lugar à Superintendência Geral de Comunicação Social, que, com a aprovação do colegiado máximo da UFRJ, passa a figurar na estrutura superior da instituição.
Entre as atribuições da SGCOM, estão as seguintes: coordenar as atividades relacionadas à construção e à revisão da Política de Comunicação da Universidade; a gestão, normatização e aplicação da marca da UFRJ; a definição de parâmetros de boas práticas para a criação de produtos de comunicação institucional, tais como sites, portais, mídias sociais, templates, manuais, identidade visual, campanhas, mailing, transmissões colegiadas ao vivo, vídeos e podcasts; a gestão do domínio UFRJ; e a coordenação da Gráfica.
Além disso, é papel da SGCOM criar mediações na comunidade interna e sugerir o diálogo, direto ou indireto, com a comunidade externa, empenhando-se para aprofundar temas emergentes e aproximar a comunidade universitária, cientistas/pesquisadores e sociedade, como o Conexão UFRJ, veículo no qual você lê esta matéria, está engajado.