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Coronavírus: conheça os quatro primeiros vacinados da UFRJ

Amilcar Tanuri, Gabriel Francisco, Jéssica dos Santos e Victor Akira receberam a primeira dose da Coronavac Butantan na UFRJ

Na última quinta-feira, 21/1, a UFRJ iniciou a vacinação contra o coronavírus. As doses foram cedidas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro, considerando os critérios definidos pela pasta.

No ato simbólico de lançamento da imunização na maior universidade federal do Brasil, um pesquisador, um terceirizado, uma enfermeira e um estudante voluntário receberam a primeira dose da Coronavac Butantan:

  • Amilcar Tanuri, pesquisador do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e pertencente ao grupo de risco; 
  • Gabriel Francisco, profissional terceirizado de serviços gerais que atua na ala COVID-19 do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF);
  • Jéssica dos Santos, enfermeira que atua no CTI COVID-19 do HUCFF; e
  • Victor Akira, estudante do 10º período de Medicina e voluntário do Centro de Triagem Diagnóstica para COVID-19 da UFRJ (CTD).

Veja o que eles disseram momentos depois da vacina:

Amilcar Tanuri

Amilcar Tanuri é pesquisador da UFRJ e consultor da OMS | Foto: Fabio Caffe (Coordcom/UFRJ)

“A sensação é de muita alegria. Primeiro, poder estar recebendo a primeira vacina aqui na UFRJ e também conclamando a população para tomar essa vacina, tomar as outras vacinas de COVID. É uma contribuição que a gente dá a nós mesmos e a toda a comunidade. É muito importante. (…) É uma vitória da gente, do povo brasileiro. Esse V [gesto com as mãos] também representa a vacina, que é um caminho que a gente vai seguir para ter segurança, para a retomada do país, a normalidade. Espero que isso aconteça o mais rápido possível, para que tenhamos mais doses para cobrir mais pessoas e protegê-las. O recado para a população é: continuem usando máscaras, continuem não se aglomerando, continuem lavando as mãos, [tendo] os cuidados gerais. E, se tiver qualquer sintoma sugestivo de COVID, procure o diagnóstico e siga as orientações dos médicos. Nós vamos vencer isso.”

Gabriel Francisco

Gabriel Francisco executa serviços de limpeza na ala COVID-19 do Hospital Universitário | Foto: Moisés Pimentel (Coordcom/UFRJ)

“Primeiramente, queria agradecer a todos por essa oportunidade e falar que estou muito feliz. No início, foi muito complicado para mim. Porque minha esposa havia acabado de ganhar neném. Então, para mim, foi muito difícil. Eu fiquei 15 dias sem ver meu filho. Ficava com medo de contaminar minha esposa, até mesmo meu filho. Aí, para mim, foi muito difícil mesmo. Mas, graças a Deus, hoje eu estou aliviado de ter tomado essa vacina e estar imune. E, se Deus quiser, vai vir a segunda dose aí e vamos vencer essa guerra contra esse vírus. Se Deus quiser.”

Jéssica dos Santos

Jéssica Santos é enfermeira do Hospital do Fundão | Foto: Moisés Pimentel (Coordcom/UFRJ)

“A sensação é de vitória, de alegria. Esse é o primeiro passo para a gente conseguir vencer essa situação da COVID que impactou a vida de toda a população. Já estou desde o início, desde março de 2020, atuando como enfermeira intensivista em COVID. Foram momentos difíceis. Na verdade, eu tenho que destacar não o trabalho de uma pessoa, mas de toda a equipe multidisciplinar. Destacando o meu trabalho de enfermagem, destaco o trabalho dos meus colegas enfermeiros e técnicos. A gente realmente passou por vários momentos. Momentos felizes, de quando o paciente tinha melhoras clínicas e ia para a enfermaria e, posteriormente, voltava para casa, e momentos tristes de perdas. Mas, hoje, simboliza um novo. Uma esperança para que situações tristes não continuem ocorrendo. Perdi colegas de profissão. Graças a Deus, familiares não. No início, foi tudo novo para todo mundo. Ninguém sabia como lidar com a doença, o que acontecia… Foram várias situações que a gente foi se capacitando para enfrentar. Estou muito feliz por estar aqui representando tantos profissionais que se colocaram em situações difíceis, que tiveram que se afastar da família. Falo por mim: trabalho com enfermagem há mais de 10 anos. Nunca enfrentei uma situação como esta da COVID e meu maior receio sempre foi… não era nem me contaminar, era levar isso para casa. Moro com a minha mãe. Ela tem 60 anos, é hipertensa, do grupo de risco. Então, todos os momentos que eu entrava e saía do hospital, meu maior receio e o que eu mais pedia a Deus era para não estar levando esse vírus para casa. Agora é um alívio.”

Victor Akira

Victor Akira é estudante de Medicina e é voluntário do Centro de Triagem Diagnóstica para COVID-19 da UFRJ | Foto: Moisés Pimentel (Coordcom/UFRJ)

“É um momento de muita alegria, né? Felicidade! A gente sabe que o mundo inteiro está nesse esforço. De querer vacinar, para que a gente possa retomar as atividades. Querendo ou não, o ano já terminou, né? Nessa questão da pandemia… E a gente está aqui. Desde março fazendo esse trabalho, na questão do diagnóstico de COVID, sempre tentando diminuir a transmissão e, com isso, o número de casos. A gente sabe que é um primeiro passo, que tem muito a ser feito. A vacina depende de muitas pessoas serem vacinadas para a gente conseguir ter uma cobertura vacinal, ter um efeito mesmo, mas é um primeiro passo importante. E a gente espera que a gente consiga mesmo extrapolar isso para a maior parte da população e, com isso, garantir essa segurança, essa proteção que a gente pretende.”