O prefeito da Cidade Universitária da UFRJ, Ivan Carmo, reuniu-se na tarde dessa segunda-feira (23/1) com a cúpula da segurança do estado do Rio de Janeiro para redefinir as estratégias para melhorar o patrulhamento do campus, onde foram relatados à imprensa casos recentes de sequestro relâmpago. De acordo com dados da Coordenação de Segurança da universidade, em 2011, 17 casos foram registrados ao longo de todo o ano.
Segundo Ivan Carmo, o objetivo do encontro é levantar com a chefe da Polícia Civil, Marta Rocha, quais medidas podem ser tomadas antes do reinício do ano letivo. O delegado Deoclécio Assis Filho, da 37ª DP – responsável pelas investigações criminais na Ilha do Governador e no campus da Cidade Universitária -, durante o seminário “Que segurança queremos para a UFRJ?”, ocorrido em novembro, na Faculdade de Letras, informou que entre os fatores que prejudicam o trabalho de investigação estão o medo das vítimas para identificar os criminosos, os relatos inconsistentes ao narrar a experiência negativa e a falta de monitoramento de imagens em todo o campus.
Para o prefeito da Cidade Universitária, há divergências nas estatísticas. “Em dezembro, apenas um caso consta de nossos registros. Os números divulgados nos últimos dias são conflitantes. Se algo precisa ser feito, todos devem contribuir denunciando os criminosos para a polícia. Assim teremos mais força para cobrar das autoridades”, disse Ivan Carmo, anunciando que pretende deflagrar uma campanha de orientação para mostrar que a segurança depende de todos.
Em dezembro e janeiro, o coordenador de Segurança da Prefeitura Universitária, Juscelino Ribeiro, visitou diversas universidades brasileiras para conhecer outras experiências de vigilância. “Na semana passada, estivemos no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde há 216 câmeras de monitoramento com projeto de ter 900 implantadas. Seria muito bom se tivéssemos esse número por aqui.”