Em uma brincadeira entre amigos, disseram que se Adelaide Maria de Souza Andrade fosse um objeto, seria uma escrivaninha. Com isso, já se pode ter uma noção do seu grau de compromisso com o estudo. Portanto, depois de quase 40 anos dedicados à UFRJ, Adelaide recebeu o título de professora emérita, na última quarta-feira (21/9).
Todos os envolvidos na homenagem à professora, no auditório da Casa da Ciência, ressaltaram a importância das teses da engenheira química. O vice-diretor da Escola de Química, professor Nei Pereira Jr., afirmou que são numerosas as solicitações de setores estratégicos do Governo para terem acesso aos seus estudos. “Recebo este título, mais do que nunca, em um momento em que o governo e as empresas mais solicitam a Universidade”, concorda a professora.
Adelaide dedicou o título de professora emérita às duas filhas, afirmando ter valido muito a pena o esforço e a dedicação. Entre 1994 e 1997, foi diretora da Escola de Química, onde atuou como professora titular, no Departamento de Processos Orgânicos.
No ano de 1976, formou-se em Engenharia Química, tendo concluído o curso em apenas quatro anos e meio, quando o mínimo exigido eram cinco. Possui um extenso currículo e orientou 75 teses ao longo da carreira, uma média de 4.5 por ano. Atualmente, orienta 15 estudantes, sendo onze de doutorado e quatro de mestrado. Entrou na Escola de Química como professora colaboradora em 1979, concluindo seu pós-doutorado em 1988, pelo Instituto Francês de Petróleo.
O título de Professor Emérito é o maior prêmio do meio acadêmico. É concedido a professores aposentados, que tenham se destacado na universidade e atingido alta projeção na atividade.