Nessa sexta-feira, 19 de agosto, ocorreu a cerimônia de posse do novo diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto de Andrade Medronho, professor e doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz.

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Memória

Faculdade de Medicina tem novo diretor

Nessa sexta-feira, 19 de agosto, ocorreu a cerimônia de posse do novo diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto de Andrade Medronho, professor e doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz.

 Nessa sexta-feira, 19 de agosto, ocorreu a cerimônia de posse do novo diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto de Andrade Medronho, professor e doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz. A cerimônia teve lugar  no Auditório Rodolpho Paulo Rocco e foi aberto pelo reitor da UFRJ Carlos Antônio Levi. Após a execução do hino nacional, foi dada a palavra a diversos professores que compunham á mesa. 

A professora Diana Maul, coordenadora de extensão do Centro de Ciências da Saúde (CCS)  traçou uma linha histórica cronológica relacionando a história da medicina nacional com a UFRJ, expondo desde a implantação dos cursos médicos no Brasil em 1808 a mando do então regente, até a atualidade. Citou as obras raras do Centro de Ciências e Saúde (CCS), além de documentos antigos como notas de exames do renomado sanitarista Oswaldo Cruz e da ata de formatura com a assinatura da primeira mulher formada em medicina no Rio de Janeiro já em final do século XIX.

Diana enfatizou a importância da posse do primeiro diretor oriundo do Departamento de Medicina Preventiva, e encerrou sua participação lembrando  processo um resgate se sua memória.

Ao transmitir o cargo, o ex-diretor professor Antônio José Ledo da Cunha, apresentou um resumo sobre seu mandato na Faculdade, apontando aspectos de uma reforma didático-pedagógica, das expansões como a do campus de Macaé e de convênios mais recentes com instituições internacionais no programa da UFRJ de intercâmbio.

“A faculdade deve ser uma instituição reflexiva, responsável e revolucionária”, analisou o ex-diretor ao tratar das mudanças significativas que ocorreram no país durante o passar dos anos. Fez também uma reflexão sobre o que a sociedade representa na atualidade: “O grande compromisso da faculdade e do país é a integração, de forma interna e externa”, ressaltou Antônio Ledo. O ex-diretor concluiu seu discurso conferindo qualidades como musicista, educador, gestor administrativo, entre outros, ao novo diretor e desejando-lhe muito sucesso em sua empreitada.

O diretor Roberto de Andrade Medronho, ratificou que sempre expressou seu desejo em ser diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ, que considera ser uma instituição inovadora, e não conservadora como muitos costumam classificá-la, uma vez que é a única Faculdade de Medicina no país que fornece a possibilidade de quatro cursos de habilitação. O diretor Medronho falou um pouco sobre sua trajetória pessoal, relembrando seu ingresso na Nacional de Medicina em 1967, quando conciliava seus estudos com a luta democrática nos anos da ditadura. Nesse processo relembrou inclusive de passeatas em prol da reabertura do Hospital Universitário.

“O que foi feito, amigo, de tudo que a gente sonhou? O que foi feito da vida, o que foi feito do amor? (…) Falo assim sem saudade, falo assim por saber. Se muito vale o já feito, mais vale o que será.”, citou o novo diretor, fazendo uso da música de Milton Nascimento para enaltecer seu discurso. Entre outras citações feitas em por ele, podemos citar trechos do texto “Alteridade, subjetividade e generosidade”, de Frei Betto e até mesmo a máxima de Miguel de Cervantes: “Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha junto é o começo da realidade.”.

O diretor Roberto Medronho entrou na temática do Sistema Único de Saúde, defendendo um aprimoramento ainda maior do SUS, e fez comparações com outros sistemas de saúde internacionais. “A construção de um mundo mais fraterno e justo é uma utopia que me acompanha desde meus primórdios”, disse o diretor enquanto encerrava seu discurso. Agradeceu seus familiares e manifestou seu desejo e luta por manter e ampliar o prestígio da instituição: “A dúvida nos mobiliza, a certeza nos paralisa.”