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Estudante compara ensino superior internacional

A estudante Ericka Souza, integrante do LaPEADE (Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio à Participação e à Diversidade em Educação) da Faculdade de Educação da UFRJ, apresentou ontem (08/10) seu trabalho no Auditório da Decania do CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas), na XXXI Jornada de Iniciação Científica, Artística e Cultural promovida pela universidade. Sua pesquisa, sobre práticas culturais e políticas de inclusão e exclusão em universidades, refletiu a formação internacional de ensino em três países específicos: Cabo Verde, Espanha e Brasil.

 

No país africano, a recente criação da universidade, em 2006, tem como diferencial a utilização integral da rede virtual para aplicação das aulas. O principal objetivo do ensino em Cabo Verde, segundo a Constituição local, é promover o desenvolvimento humano de todos. Nas universidades espanholas de Sevilla e Córdoba, as instituições são autônomas econômica e academicamente, mas possuem acesso a partir do mérito pessoal. Apesar de ser um direito de todos, há um número limitado de vagas para as faculdades.

 

Já no Brasil, por outro lado, há um projeto de expansão qualitativo do ensino em andamento, através da democratização do acesso à informação, mas as universidades ainda não têm total autonomia administrativa. Segundo o trabalho apresentado, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) declara que o direito à educação superior é  de todos, independentemente de cor, raça, sexo, religião e outras segregações preconceituosas.

 

De acordo com estatísticas apresentadas por Ericka, resultantes de pesquisas de opinião feitas com universitários nas três nações, as políticas que proporcionam o acesso igualitário às faculdades são adequadas para as necessidades dos cabo-verdianos, enquanto os espanhóis ficaram divididos quanto a essa questão. Os estudantes da Espanha também não chegaram a uma conclusão se tais métodos conseguem diminuir ou eliminar práticas discriminatórias na educação superior. Para os alunos do Brasil, porém, a ação governamental é insuficiente, as políticas não são adequadas e não conseguem pôr fim à discriminação no ensino superior.