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Circuitos Musicais Brasileiros e Perspectivas de Desenvolvimento

O trabalho de pesquisa "Circuitos Musicais Brasileiros e Perspectivas de Desenvolvimento", das alunas de graduação da Escola de Comunicação (ECO) Suelen de Oliveira e Camila Magalhães, orientadas pelo professor Micael Herschmann, buscou analisar três dos mais importantes circuitos musicais do estado do Rio de Janeiro: a Lapa, de samba e choro; Conservatória, da seresta; e Niterói, do rock. De acordo com a pesquisa, o Rio de Janeiro, apesar de celeiro cultural, ainda não tem a cultura como impulsionadora da economia porque falta investimento e ajuda governamental. A partir disso, os circuitos musicais independentes vêm crescendo muito pelas mãos dos próprios consumidores.

 

Segundo as estudantes, a música tem uma presença muito forte na sociedade contemporânea, mesmo com a crise na indústria musical das grandes gravadoras (majors), por causa da desvalorização do fonograma com a possibilidade de se fazer downloads. Por isso há o crescimento da busca pela música ao vivo e por novas manifestações culturais musicais.

Cada caso exemplificado tem sua especificidade, mas os três têm em comum a força popular em seu crescimento. A Lapa, de tradição, história e cultura, foi revitalizada a partir da volta do público, o  que acabou incentivando os investimentos públicos para a área. Conservatória tem na seresta seu grande apelo turístico, que cresce a partir da manutenção da tradição pelos jovens, passada pelos mais velhos. Já o rock de Niterói tem em si a demonstração cultural de uma população que sofria por não ter cultura própria, por causa de uma “invasão carioca”. Quando a população niteroiense própria foi formada, uma das características culturais mais fortes  foi o Araribóia rock, que continua a crescer mantendo formato underground mesmo quando passado ao mainstream e ganhando espaço com a internet.