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Memória

O legado monumental de Fritz Feigl

Professora da UFRJ lança, na próxima quarta, livro sobre a obra do físico austríaco, criador da técnica de detecção de substâncias sem o uso de instrumentos sofisticados.

O livro “Fritz Feigl – Atualidade de seu legado científico”, de autoria de Aida Espinola, engenheira química e professora da UFRJ, foi lançado nesta quarta-feira (01/07), às 10 horas, no auditório do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ, no Centro de Tecnologia, Bloco G, sala 122, na Cidade Universitária.

O professor austríaco Fritz Feigl (1891 – 1971) ficou célebre como criador da análise do toque, técnica simples e eficiente na qual provas analíticas são executadas numa só ou em poucas gotas de soluções, sem o uso de qualquer instrumentação mais sofisticada.

Depois de fugir de um campo de concentração nazista, Feigl veio para o Brasil em dezembro de 1940, passando a morar no Rio de Janeiro. Apaixonado pela cidade, recusou convites de diversas universidades norte-americanas e foi trabalhar no Departamento Nacional de Produção Mineral, onde coordenou um laboratório que se tornou referência internacional pela alta produtividade científica

Segundo Aida Espinola, os testes feitos hoje na Amazônia para o controle de peixes contaminados por mercúrio são baseados em técnicas desenvolvidas pelo grande químico analítico. O uso do luminol na detecção de sangue, que tem sido empregado para solucionar crimes intrincados, também se ampara em uma reação desenvolvida por Fritz Feigl.

Doutora em Química pela Universidade da Pensilvânia, Aida Espinola foi professora e pesquisadora do Instituto de Química e da Coppe, unidades da UFRJ responsáveis pela edição da sua obra.