Em nota oficial, o Conselho afirma compreender a importância de o Ministério da Educação buscar alternativas para suprimir o atual modelo de ingresso, que ainda apresenta obstáculos para o acesso de amplos setores da sociedade ao Ensino Superior.
No documento, a Andifes se compromete a participar do novo modelo de processo seletivo, resguardando a diversidade e a autonomia de cada universidade. Segundo a associação, “a contribuição crítica, com a participação das comunidades universitárias e da sociedade de cada região, é fator importante para avanço e aperfeiçoamento do processo”.
Desde o último mês de março, o ministro da Educação Fernando Haddad vem propondo mudanças no Vestibular, método considerado falho por reproduzir a desigualdade social e impedir que parcelas significativas da população brasileira ingressem no Ensino Superior.
A proposta é unificar o concurso das Ifes através da utilização do Enem como primeira fase de avaliação. Nesse sentido, também o Exame passaria por modificações, apresentando um modelo formado por quatro testes, sendo cada um com aproximadamente 50 questões e destinado a uma das seguintes áreas do conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, incluindo aqui uma redação, Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.
Além de combater a exclusão social no âmbito universitário, a proposta visa ainda à melhoria do ensino dos níveis Médio e Fundamental. Para Aloísio Teixeira, reitor da UFRJ, o novo sistema de avaliação é um passo importante para a Educação brasileira: “Se essa proposta for aprofundada, é possível que acabe com o Vestibular. Em vez de ter uma prova para o estudante de terceiro ano do Ensino Médio, pode haver uma espécie de avaliação continuada. Com isso, o sistema vai melhorando. A escola de Ensino Médio será o espaço da seleção”, pontua o reitor.
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