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Agressividade na Infância

Agressividade pode não ser sinônimo de violência. É o que defende Carlos Vinícius Almada, Roberto Melo, Ana Cláudia Poite e Carmelita de Souza, estudantes de Psicologia da UFRJ, no trabalho “Agressividade Infantil”, apresentado nesta sexta, dia 7, na Jornada de Iniciação Científica.

A pesquisa teve início com os estudos em psicologia humanística desenvolvidos por Carlos Vinícius. Ele discute como é possível estabelecer a relação autêntica do homem com o próximo no contexto do potencial humano, ou seja, a possibilidade de agir de acordo com o que ele sente, levando-o a uma melhor integridade física e psíquica. O estudante aplicou essa base em um segundo estágio que realizou em uma creche infantil.

“Percebi que a questão da agressividade era muito presente no discurso dos professores, o que levou o grupo à discussão apresentada sobre o que esse comportamento agressivo reflete de fato”, conta o estudante, que completa: “Percebemos que esse termo aparece em muitos momentos nos quais a criança tenta expressar uma oposição em relação à determinada atividade que a incomoda”, explica, lembrando que a agressividade não está, em todos os momentos, relacionada à questão da violência.

Carlos Vinícius aproveitou para alertar sobre a permissividade. “É preciso dar vazão ao sentimento da criança para que ela se expresse. Contudo, é necessário que esteja o professor ou os pais por perto, para que, a todo o momento, seja explicada a ela a importância de se relacionar com o próximo”, disse o estudante, que exemplifica:

“Quando a criança diz que quer bater no irmão mais novo, por exemplo, o pai deve explicar que entende que ela está com ciúme, mas que não deve fazer nada, porque o outro é mais novo e não tem como se defender”, ilustra Carlos Vinícius.


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