Nesta terça-feira (4/11), a XXX Jornada Giulio Massarani de iniciação Cientifica, Artística e Cultural recebeu três ex-alunos conceituados em suas carreiras para uma mesa-redonda que discutiu a questão do avanço Cientifico e Tecnológico desenvolvido nas universidades que apóiam a pesquisa no Brasil. Os convidados foram Dra. Daniela Lázaro, astrônoma e pesquisadora do Observatório Nacional; Dr. Evandro Paiva de Andrade, astrônomo coordenador de Dinâmica Orbital da StarOne (EMBRATEL) e Dr. Carlos Ivan Simonsen, presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A mesa redonda transformou-se em um grande bate-papo com o público presente. Os convidados demonstraram grande carinho pela UFRJ, nessa mistura de informalidade e de saudosismo. Eles afirmaram que foi fundamental a experiência de ter sido aluno da instituição, numa época em que poucas pessoas conheciam e circulavam pela Ilha do Fundão, então criada para abrigar a Cidade Universitária. Evandro Paiva de Andrade lembrou sua chegada à EMBRATEL, como recém-formado no curso de Astronomia. Na época, a empresa tinha profissionais de engenharia formados no IME, ITA e na PUC-Rio. "Foi um desafio naquele momento fazer um aplicação dos conhecimentos que tinha adquirido na UFRJ e também diante dos outros profissionais. Ali me senti representante da universidade".
O presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen, mencionou que na criação da Fundação o quadro era basicamente de alunos da Escola Politécnica, que naquele momento fora criada para ser uma Escola de Economia para engenheiros. Sobre os avanços da C&T no Brasil, Simonsen afirmou ser preciso se voltar para a Tecnologia de Governança, que convence e estimula a pessoa a dar o melhor de si para que as instituições atinjam alta qualidade. Para ele, é fundamental que o país invista mais na pesquisa, sendo necessário que se incentive a competição por verba. “Para que os pesquisadores dêem o melhor de si em seus projetos", concluiu.
A pesquisadora Daniela Lázaro deixou uma mensagem para os alunos presentes de que os resultados dos avanços tecnológicos não são obtidos rapidamente, mas eles têm que ter a certeza que virão. Ela ainda afirma ser um desafio a necessidade do financiamento para a Pesquisa Básica por parte das empresas privadas, visto que nos países desenvolvidos esse tipo de verba já existe há um tempo e é fundamental para a C&T.
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