Nesta terça-feira, dia 10 de junho, aconteceu mais um ciclo de palestras O Petróleo no Cinema, no Fórum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ. O filme escolhido para a ocasião foi “Syriana – A Indústria do Petróleo”.">Nesta terça-feira, dia 10 de junho, aconteceu mais um ciclo de palestras O Petróleo no Cinema, no Fórum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ. O filme escolhido para a ocasião foi “Syriana – A Indústria do Petróleo”.">
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UFRJ discute relações de poder no setor de petróleo

Nesta terça-feira, dia 10 de junho, aconteceu mais um ciclo de palestras O Petróleo no Cinema, no Fórum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ. O filme escolhido para a ocasião foi “Syriana – A Indústria do Petróleo”.

Nesta terça-feira, dia 10 de junho, aconteceu mais um ciclo de palestras O Petróleo no Cinema, no Fórum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ. O filme escolhido para a ocasião foi “Syriana – A Indústria do Petróleo”.

Para o debate foram convidados os diretores do Instituto de Economia (IE), João Sabóia, e da Escola de Química (EQ) da UFRJ, Luis Antonio D’Ávila. “O intuíto do encontro entre essas pessoas é juntar Economia e Engenharia Química em uma discussão proveitosa”, explicou o mediador da conversa Luis Eduardo Dutra, representante da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Após a exibição de “Syriana – A Indústria do Petróleo” – que conta várias histórias ao mesmo tempo sobre os grandes negócios mundiais envolvendo o “ouro negro” –, João Sabóia comparou a situação da indústria petrolífera e de seus bastidores na época da filmagem, em 2004/2005, e nos dias atuais:

– Hoje o setor mal está dando conta da demanda, com volume de crescimento da importação do petróleo muito grande, e com uma especulação enorme em termos de mercado futuro. Nós chegamos a uma situação em que o barril do petróleo está valendo muito mais do que na época desse filme. Então podemos imaginar o que acontece atualmente nessa indústria em termos de corrupção, de violência.

Seguindo o mesmo raciocínio, D’Ávila avaliou a obra sob a perspectiva geopolítica do Oriente Médio, lugar em que foram retratadas as relações econômicas e de poder que envolvem o petróleo. O professor fez uma comparação com a possível situação futura da Amazônia

– Estamos vivendo uma constatação mundial de uma situação privilegiada da Amazônia em relação a recursos naturais como oxigênio, água e biodiversidade. O fato é que começamos a ver um determinado interesse internacional nessa área privilegiada. E eu me pergunto se a região pode ser – ou já está sendo – alvo para disputas mundiais.

Após a exposição dos convidados à mesa, o professor Edmar de Almeida, do Grupo de Economia da Energia do IE, ressaltou a presença de um gigante asiático na economia global como fator essencial de mudanças no quadro das negociações: “A verdade é que o mundo do petróleo mudou com o advento da China enquanto potência mundial”, concluiu.

O ciclo de palestras O Petróleo no Cinema segue até o final do mês com a exibição de filmes e com debates. Na próxima semana, é a vez de “Uma verdade inconveniente”, de Al Gore. Não perca! O evento é gratuito e acontece às 18 horas, no Salão Moniz de Aragão do FCC – Avenida Pasteur, 250, Praia Vermelha.