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Política econômica e globalização discutidas na UFRJ

O ciclo de palestras “Conhecimento, pesquisa e Ciências Políticas”, que aconteceu nesta quinta-feira (10/05),  recebeu a professora Eli Diniz, do Instituto de Economia (IE) e  colaboradora do Programa de Pós-graduação em Ciências Políticas do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ . Durante a sua apresentação, a professora afirmou que o assunto — contexto econômico internacional, globalização e o trabalho do Estado —  será tema de um curso voltado para alunos da pós-graduação a partir do segundo semestre de 2007 no IE.
Ao longo da palestra “Globalização, Estados e Governamentais”,  a professora fez uma comparação entre os anos 90 e 2000. Segundo ela,  observa-se um contraste entre esse período. “Durante os anos 90, prevaleceu o pensamento neoliberal, porém a partir de 2000 aconteceu uma mudança inesperada no quadro político internacional”, diz.
Eli Diniz destaca as mudanças que ocorreram principalmente entre os anos 2002 e 2006 quando aconteceu a eleição de governos de esquerda ou centro-esquerda em paises como Uruguai, Chile, Venezuela, Bolívia e Brasil. Segundo Diniz, essa manifestação da população é uma forma de resistência, e essa mudança de comportamento também se reflete nos economistas.
A professora ressaltou a existência de um grupo de economistas que hoje defende que cada país deve passar a refletir sobre suas próprias políticas econômicas internacionais. “O Estado é capaz de influenciar no crescimento sustentável e fornecer meios para combater a desigualdade social. É preciso que cada governo busque suas próprias soluções e não simplesmente siga dogmas da política internacional” disse Diniz.
No caso do Brasil, existem economistas que seguem esse pensamento. Entretanto,  ainda não existe um volume tão grande estudos dedicados a ele. A professora Diniz alertou que nos últimos anos os índices de crescimento mundial estão próximos a 5% e diferentemente da maioria dos países em desenvolvimento, o Brasil não está conseguindo acompanhar, atingindo apenas cerca de 3%, o que indica que, discutir novos caminhos, é fundamental para o país.