De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é considerado um problema de saúde pública global e a segunda maior causa de mortes no mundo, atingindo a cifra de cinco milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil por dia. No Brasil, cerca de 200 mil pessoas morrem anualmente em decorrência do cigarro, segundo dados de 2004 do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Ainda segundo a OMS a incidência e prevalência de tabagismo na população mundial é maior entre os homens. Porém, uma mudança na última década começa a ampliar o percentual de mulheres fumantes. No primeiro mundo, por exemplo, principalmente na Espanha e Irlanda, esse percentual já chega a ser maior. Em geral a proporção entre os homens e mulheres que fumam é mais próxima nos países centrais.
Conforme relato do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (CEBRID), nos últimos 20 anos, houve uma queda no número de fumantes no Brasil. Mas um detalhe merece atenção, a iniciação das mulheres no fumo, que em geral ocorre antes dos 20 anos de idade, já é mais incidente que nos homens. A proibição do tabaco na mídia, nas atividades relacionadas à cultura e ao esporte (com exceção da F1) impactou enormemente na redução do tabagismo. Hoje, cerca de 18% dos jovens brasileiros consomem cigarro.
Para tentar diminuir esse índice, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) lança, dia 31 de maio, a campanha do Dia Mundial sem Tabaco intitulada Tabaco – mortal em todas as suas formas. A iniciativa tem o apoio de Professores, médicos e demais profissionais de saúde do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), da Faculdade de Medicina e do Instituto de Doenças do Tórax (IDT), que convidam toda a comunidade a participar do evento que será realizado entre os dias 27 e 31 de maio.
“Encoraje, encaminhe e ajude um paciente que deseja (ou quer informar-se como) parar de fumar para o Núcleo de Estudos de Tratamento do Tabagismo (NETT) enviando por parecer à Central de Marcação de Consultas ou para uma Conversa Informal no dia 31 de maio, na Sala 3F87, 3º andar do HU”, solicita o professor Alberto Araújo, Pneumologista e diretor do NETT – IDT – HUCFF / UFRJ.
Para o diretor do NETT, o fumo é uma epidemia silenciosa que aborta vidas, reduz a qualidade e a intensidade do viver e consome um montante extraordinário de recursos para cuidar das conseqüências que atingem as suas vítimas: os fumantes e suas famílias.
O tabagismo pode causar câncer; doenças coronarianas e vasculares; impotência sexual; aneurismas arteriais; úlcera do aparelho digestivo e trombose vascular. Em geral, os fumantes sentem muito mais fadiga após o esforço e os seus desempenhos em atividades físicas são menores do que os de não-fumantes.
A campanha tem por objetivo sensibilizar esses consumidores e os formuladores de políticas sobre o fato de que o uso de qualquer produto de tabaco é extremamente maléfico à saúde e que todos os tabacos, não somente os cigarros industrializados, devem ser estritamente regulados.
O Núcleo de Estudos e Tratamentos do Tabagismo oferece o Serviço de Tratamento nos ambulatórios do HUCFF e do Instituto de Doenças do Tórax (IDT). Todos os encaminhamentos devem ser solicitados através de parecer interno (a exemplo de outras especialidades) dirigido ao Ambulatório-Programa de Tabagismo. Os pacientes ou funcionários devem dirigir-se à central de marcação, localizada no 1˚ andar para o agendamento da primeira consulta.
O NETT fica no 3˚ andar do HUCFF, no Instituto de Doenças do Tórax, sala 3F87, campus da Ilha do Fundão. Para mais informações entrar em contato pelo tel. 2562-2887.