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A prestigiada publicação científica Science publicou pela primeira vez, nesta sexta, 19 de julho, um trabalho de paleontologia exclusivamente brasileiro. Trata-se da pesquisa conduzida pelos cientistas Alexander Kellner, professor do Museu Nacional, e Diógenes Campos, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), sobre exemplar único de réptil voador que viveu há 110 milhões de anos.

A prestigiada publicação científica Science publicou pela primeira vez, nesta sexta, 19 de julho, um trabalho de paleontologia exclusivamente brasileiro. Trata-se da pesquisa conduzida pelos cientistas Alexander Kellner, professor do Museu Nacional, e Diógenes Campos, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), sobre exemplar único de réptil voador que viveu há 110 milhões de anos. O animal foi batizado de Thalassodromeus sethi, que quer dizer “corredor dos mares de Sethi”, o deus egípcio das trevas.
Além de permitir a reconstrução do pterossauro, o trabalho patrocinado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) desvendou o mistério de como um animal de mais de 4 metros de comprimento, com uma crista que ocupava 75% do crânio, podia voar. Em entrevista ao jornal O Dia, Kellner revelou que “a crista possui um complexo sistema de canais, o que possibilita pensar que é uma região muito irrigada por vasos sangüíneos e estaria ligada à manutenção da temperatura corporal”. A possibilidade de que ela contribuiria para a aerodinâmica de vôo também foi considerada.
O Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, colocará uma réplica do Thalassodromeus sethi em exposição permanente a partir de sábado, dia 20. Os fósseis do crânio, “o mais bem conservado do mundo” segundo Diógenes Campos, foram encontrados no maior sítio arqueológico no Brasil, a Bacia do Araripe, no Ceará, em 1983.